Será obrigatória a inclusão de dados do pagador nas faturas bancárias

 A partir de janeiro, todos os boletos bancários deverão conter o CPF ou CNPJ do pagador. A determinação é do Banco Central para padronizar as transações entre a rede bancária e também garantir maior segurança aos clientes, por meio da nova plataforma de cobrança. 


Boletos não registrados conforme a norma poderão ser pagos apenas no banco emissor. A Febraban informa que contas de água, luz e telefone continuarão a ser cobradas normalmente.

Na prática, a exigência vai fazer com que todos os boletos sejam identificados em um sistema, a partir do número do documento do pagador, evitando, assim, fraudes em códigos de barra. A medida permitirá a apresentação eletrônica do boleto e a possibilidade de pagamento do documento vencido em qualquer banco. 

A nova plataforma de cobrança funcionará como um grande banco de dados. Os boletos precisarão estar previamente registrados na base centralizada para que possam ser pagos. Tudo para verificar se as informações do boleto são as mesmas que estão armazenadas na base de dados. Se houver inconsistências, o pagamento não será autorizado.

As informações do novo sistema serão mantidas sob sigilo e terão o objetivo apenas de identificar o boleto. “A plataforma veio aumentar a segurança tanto de quem paga quanto de quem recebe o boleto bancário. Além disso, dará mais comodidade para os clientes”, explica o diretor adjunto de operações da Febraban, Walter de Faria. 

Aos poucos

De acordo com a Febraban, as mudanças no sistema de cobrança estavam previstas em circulares do Banco Central que entrariam em vigor já a partir de 2009, mas as alterações foram implantadas aos poucos, com o objetivo de estabilizar o processo, e não trazer problemas para os clientes.

Por meio de nota, a Febraban explicou que o atual sistema para cobranças de boletos foi criado há 23 anos e está ultrapassado, pois houve uma série de mudanças tecnológicas e no comportamento dos clientes ao longo do tempo. 

“Com o passar dos anos, o crime também foi se diversificando, se sofisticando, abrindo espaço para a ocorrência das fraudes, que, em 2015, somaram R$ 322 milhões em todo o País”, destaca o órgão.

Fonte: A Tribuna.com